Memorial Dr. António Agostinho Neto (MAAN)
Luanda, 23.02.2024
- Membros do Executivo,
- Governador da Província de Luanda
- Digníssimo Bastonário cessante da Ordem dos Arquitectos de Angola (OA),
- Digníssimos Bastonários das distintas Ordens Profissionais,
- Ilustre Presidente da Mesa da Assembleia da OA,
- Ilustre Presidente de Comissão Nacional Eleitoral OA,
- Prezado Director Geral do IRCCOP
- Prezado Director do Serviço Nacional de Contratação Pública
- Magníficos Reitores, ilustres Decanos e Representantes das Escolas de Arquitetura,
- Prezados parceiros da Comunicação Social e Patrocinadores,
- Estimados Arquitectos e estimadas Arquitectas,
- Caros convidados e caras convidadas,
- Minhas Senhoras e meus Senhores
Reiterados votos de melhores cumprimentos.
A Ordem dos Arquitectos de Angola, Instituição responsável pelo exercício da profissão de Arquitectura e Urbanismo, à luz do Decreto 54/04 de 27 de Agosto, tem registado um crescimento notável desde a sua criação, quer em termos de maturidade e alcance dos seus objectivos, como em número de membros. O momento de Tomada de Posse do Conselho Nacional da Ordem dos Arquitectos de Angola (OA) para o triénio 2024-2027 que hoje testemunhamos é um dos exemplos desse crescimento e mais um marco na história da nossa Instituição; que apesar das adversidades, tem realizado o processo de transição geracional e pleitos eleitorais de renovação de mandatos de maneira regular; feito pelo qual deve se orgulhar.
Em 20 anos de existência, aproximadamente, foi possível forjar as bases da relação com as diferentes Instituições do Estado, com ênfase para as que integram o Poder Executivo, na expectativa de que continue a evoluir para uma maior aproximação e o alcance dos níveis desejados. Deste modo, será efectiva a contribuição da Classe na elaboração de Políticas Públicas e Instrumentos nos domínios do Ordenamento do Território, Urbanismo e Arquitectura. Importa aqui recordar e reafirmar o caráter transversal e preponderante da profissão, pois é no território onde tudo acontece!
Além-fronteiras, a Diplomacia Científica tem sido um dos pontos mais altos da caminhada, com destaque para a eleição de Arquitectos angolanos para a liderança de Organizações congéneres de âmbito Regional e Internacional; nomeadamente, a Presidência da União dos Arquitectos de África (AUA), de 2018 a 2022, a Vice-Presidência da União Internacional dos Arquitectos (UIA) para África para o triénio 2023-2026 e, pela segunda vez, a Presidência do Conselho Internacional dos Arquitectos de Língua Portuguesa (CIALP) para o período de 2023 a 2027, depois de já tê-lo feito em 2011.
O legado aqui apresentado de maneira sucinta, deve merecer o reconhecimento e a valorização de todos. Pois, só assim será possível a consolidação e edificação de uma Instituição que, por imperativo legal e importância na defesa dos fins do Estado, deve ser forte e actuante, firmada nos seus princípios, valores, direitos e deveres, independentemente das mudanças.
Exmos. convidados e convidadas. Minhas senhoras e meus senhores,
A problemática do Ordenamento do Território, Urbanismo e Arquitectura, há muito invocada como sendo prioritária, deve a ser o ponto de partida das reflexões e acções, e vista de maneira integrada, mais inclusiva e transdisciplinar; a fim de alimentar a produção dos correspondentes Instrumentos de orientação, regulamentação e gestão.
Os problemas e desafios relacionados com a educação da sociedade, a qualidade do ensino da Arquitectura e Urbanismo, num universo de mais de 20 Escolas de Arquitectura, a Capacitação e Formação contínua de mais de 1800 associados até o momento, e o Exercício da Profissão, devem ser encarados tendo em conta a realidade do nosso território nacional, obviamente, sem perder a visão global.
A avaliação do estado do estado do Exercício da Profissão em Angola, deve passar pela recolha de indicadores-chave conducentes ao entendimento da situação, e produção de métricas que permitam a orientação das estratégias e acções de valorização e promoção da excelência. Sendo que a qualidade e a excelência não se compadecem com o exercício ilegal da profissão, o seu combate cerrado continuará a merecer a devida atenção.
A pertinência da abordagem dos aspectos acima referidos deve estar alinhada com os princípios de sustentabilidade – ambiental, social, económica e até mesmo cultural –, e ter em consideração outros os desafios também actuais relacionados com a Crise Climática, a Adaptação Climática e os rápidos avanços da Tecnologia e da Ciência, com destaque para o a realidade aumentada, a realidade virtual, a Modelação da Informação da Construção ou BIM (Building Information Modeling), e a Inteligência Artificial; que tem sido a nota dominante da Agenda Política e Técnico- Científica, nas diferentes escalas.
A definição das melhores estratégias e a busca de soluções adequadas, contrariadas pela escassez ou indisponibilidade de recursos, orientam para uma visão holística, reflexão profunda, proactividade, maior aproximação entre as partes interessadas, e implementação de reformas estruturais sempre que necessário e possível, como forma de se garantir a melhoria contínua das Instituições em termos de Governança.
Neste âmbito, em resposta aos problemas e desafios referidos, próprios dos nossos tempos, e o seu impacto directo e indirecto no Exercício da Profissão, mas com olhos direccionados para o futuro, o Conselho Nacional da Ordem dos Arquitectos de Angola (OA) definiu como lema para o triénio 2024-2027, “CONSOLIDAÇÃO, PROXIMIDADE E CONTEMPORANEIDADE”.
- CONSOLIDAÇÃO – “Acção de tornar sólido, de fortalecer, tornar coeso…”: Pressupõe continuar, redirecionar, melhorar e unir;
- PROXIMIDADE – “Qualidade ou condição do que está próximo…”: Proximidade na relação com os associados e todas as partes interessadas;
- CONTEMPORANEIDADE – “De acordo com o seu tempo, actualidade…”: Adequação, adaptação e Inovação.
O lema “CONSOLIDAÇÃO, PROXIMIDADE E CONTEMPORANEIDADE”, com olhos no futuro traduz de maneira sintetizada a visão do Programa Eleitoral apresentado, em linhas gerais, constituído por dez (10); nomeadamente:
- CONSOLIDAÇÃO DO PAPEL DA ORDEM DOS ARQUITECTOS DE ANGOLA PERANTE O ESTADO;
- GOVERNANÇA E COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL;
- INSTALAÇÕES E CONDIÇÕES DE TRABALHO;
- ENSINO DA ARQUITECTURA;
- FORMAÇÃO CONTÍNUA / CAPACITAÇÃO DOS ASSOCIADOS;
- EXERCÍCIO DA PROFISSÃO;
- O ARQUITECTO;
- EVENTOS E PRÉMIOS;
- DIPLOMACIA CIENTÍFICA;
- FINANCIAMENTO
As palavras-chave citadas, uma vez assumidas por todos como visão e espírito de missão, respeitando a liberdade e diversidade de opinião, poderão gerar a dinâmica necessária na forma de sentir, refletir, pensar e agir, para que juntos consigamos ultrapassar os desafios e os problemas que a realidade actual nos impõe, e perspectivar o futuro.
Só assim, estaremos a contribuir para uma Angola que se quer próspera e digna de realce no concerto das nações.
Por outro lado, tendo em conta que todas as acções da Ordem dos Arquitectos de Angola (OA) devem levar a valorização do Arquitecto e da Arquitectura, numa relação Autor e Obra, o Conselho Nacional agora empossado adopta o lema do mandato findo – “VALORIZAR O ARQUITECTO É PROMOVER A NOSSA ARQUITECTURA” como lema da Instituição.
Exmos. convidados e convidadas.
Minhas senhoras e meus senhores,
Neste especial momento para todos nós, Conselho Nacional da Ordem dos Arquitectos de Angola (OA) para o triénio 2024-2027, permitam-me agradecer, acima de tudo, a Deus, as famílias de cada um dos Membros empossados pelo apoio incondicional, a todos os colegas que acreditaram nesta equipa, e a todos Vós pela valiosa presença neste nobre acto.
Aos “Iniciadores” desta Obra e aos Bastonários que me antecederam e lideraram a construção deste legado, nomeadamente, Arquitectos António Gameiro, Victor Leonel e Celestino Chitonho; aos Secretariado e Gabinete Jurídico da OA, bem como aos Arquitectos e Arquitectas que se doaram e têm se doado à esta causa comum, em benefício da Classe; fica aqui o nosso profundo reconhecimento e, de igual modo, os sinceros agradecimentos.
Contamos com o apoio de todos vós – CONSOLIDAÇÃO, PROXIMIDADE E CONTEMPORANEIDADE.
Bem-haja à Ordem dos Arquitectos de Angola (OA).
O Bastonário Vity Claude Nsalambi, Arquitecto, n.º OA 0074.